quarta-feira, 29 de setembro de 2010

BACKING VOCAL

Definição:

Backing vocal é a função de um integrante, ou apenas convidado, de uma banda musical. Cantar em parceria com o vocalista principal da banda. Essa função pode variar muito, desde vocais suaves cantados quando o vocal principal canta, como pode ser death grunts, ou então cantar determinadas partes da músicas.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Backing_vocal

Importância do Backing Vocal

É variada. Depende do estilo musical e da impressão que se quer deixar. Mas sem duvida o Backing enriquece consideravelmente uma canção.

Todos podem ser Backing Vocal?

Não. Essa função exige muitas habilidades, conhecimentos específicos e experiência musical. Sobre isso falaremos agora:

Necessidades básicas

1. AFINAÇÃO.

O termo afinar pode ser definido a partir de vários pontos de vista.

a) afinação é uma questão cultural – na Índia, por exemplo, o sistema da afinação adotado em tempos antigos dividia a escala em 22 partes.´

b) afinação também pode variar dependendo do grau de importância que ela tenha em uma determinada cultura – Blacking (1980) observou que, quabndo ele próprio cantava uma melodia para o povo Venda (áfrica do Sul) ao reproduzirem eles modificavam a melodia para torna-la mais autentica.

c)As inflexões vocais feitas por um cantor de aboio, por exemplo, podem ser consideradas desafinação para um ouvinte urbano.

Mas em se tratando de musica tonal, herança Européia deixada pelos colonizadores, a definição de afinação seria:

“ Afinar implica não apenas na reprodução correta das alturas das notas isoladas, mas também na compreensão da estrutura musical em que essas alturas se encontram; para afinar uma nota, a pessoa deve ser capaz de perceber sua função dentro do contexto musical, embora, em geral, tal procedimento seja feito de maneira inconsciente.”

Uma pessoas afinada é capaz de se adaptar, com facilidade, às inflexões exigidas pelas diversas situações musicais sendo capaz de afinar sozinha ou em grupo.

Sobreira, Silvia – “Desafinação Vocal” - Rio de Janeiro 2002


2. EXPERIENCIA CORAL

O canto coral atualmente é uma pratica vista como ultrapassada. Talvez pelo despreparo de alguns regentes, falta de investimento das igrejas, utilização errada nos cultos, repertorio desatualizado... Mas é no canto coral que aprendemos a principal lição: CANTAR EM GRUPO que ao longo do tempo se desdobra em muitas outras.

a) harmonização – cantar um tom especifico dentro de um acorde dividido nos naipes
b) timbre – tentativa de igualar sua voz com as demais do mesmo naipe.
c) referencia vocal – os iniciantes aprendem ouvindo os mais experientes.
d) repertorio variado – variedade de estilos, temas
e) vivencia em grupo
f) construção de uma personalidade musical – (auto-confiança)

3. CONHECIMENTO DE DIVERSOS ESTILOS MUSICAIS

Cada estilo musical impõe ao cantor uma maneira de se portar no palco e de produzir o som vocal. O estilo interfere diretamente no cantor e automaticamente no seu backing vocal - que é o seu suporte.
Você já imaginou uma cantora lírica cantando um samba?


Ou um sambista cantado uma ária de ópera?

O estudo se sons, cores, texturas, “chavões” são validos para indicarem o estilo cantado. Fazendo a musica soar como verdadeira e coerente.

4. CONHECIMENTO DE SUA HABILIDADES E FRAGILIDADES

O cantor de Backing estuda e conhece sua voz. Conhece seus limites e reconhece suas habilidades em potencial. Não se deixa levar pelo prazer de cantar, mas está sempre preocupado em produzir o melhor som, beneficiando o grupo. Não arrisca, faz o que domina.

5. SER SOLISTA EM POTENCIAL

O que difere um simples cantor de um solista?

- O solista tem a preocupação de fazer bem feito.
- Dedica tempo a ensaios particulares
- Escolhe repertorio de acordo com sua voz
- Tem que demonstrar segurança
- Estuda

Não é possível que um backing vocal deixe de ter esse experiência como cantor. Sua função exige certo grau de musicalidade. Mas cuidado – dentro do grupo vocal, alguns podem desenvolver um estilo de cantar mais particular. Que pode beneficiar ou atrapalhar o grupo se não for determinado quando isso pode acontecer.

6. MUSICALIDADE

- Reconhecimento do acerto e do erro – Ter a consciência de quando errou, o que errou, e qual é o certo.

- Memória musical – imagina ensaiar varias horas com um camarada, e na hora da apresentação ele cantar uma outra voz, ou até mesmo inventar uma outra voz. Esquecer de tudo que foi ensinado e acordado (porque na verdade tudo é um acordo, que nenhuma das partes pode quebrar)

- Ritmo e andamento – articular as palavras com precisão, fazer o descante no momento certo e respeitar a pulsação imposta pelo grupo instrumental.

- Percepção – perceber os momentos de uníssono e em vozes, e cantá-los com cuidado. Perceber os nuances de cada voz que compõe o grupo a fim de harmonizar com refinamento.

- Timbre – Timbrar as vozes é fundamental, apesar de ser um pouco trabalhoso para todos. Timbrar neste caso é regular as vozes umas com as outras a ponto de parecerem uma. Mesmo estando em uníssono, é possível “misturá-las” de maneira que a gente ouça e pergunte: quem está fazendo aquela voz? Para isso é importante o cantor saber usar os registros de sua voz, para tentar igualar ou deixar bem próximo à emissão de cada uma. É necessário que seja regulado o volume, afinação, o ritmo, a articulação, colorido e etc.

- Interpretação – cantar de acordo com o estilo musical. Produzir um som coerente. A interpretação corporal também faz parte do trabalho. É muiot ruim quando percebemos alguns da equipe cantando com empolgação, alegria com quebrantamento e outro com semblante de desânimo ou desperssamento.

7. CONHECIMENTO TECNICO e TEORICO

Sobre a a Higiene vocal todos nos sabemos sobre os mínimos de cuidado que devemos de ter com a voz: alimentação, desgaste vocal, ambiente sonoro, respeito aos limites. Mas muitos cantores ainda cantam sem conhecimento de técnica vocal. Causando sérios danos ao aparelho fonador, criando vícios ao cantar, impedindo a produção natural da voz. O Backing vocal que tem seriedade no que faz deve procurar orientação sobre:



a) importância da respiração
b) articulação correta
c) utilização do diafragma
d) pontos de ressonância na variação de timbre
e) postura
f) exercicio muscular (prega vocal, diafragma...)
g) projeção

No timbre se manifestam problemas como rouquidão, som anasalado, ar na voz, vibrato excessivo, que só podem ser resolvidos com as correções da técnica vocal.

8. RECONHECIMENTO DAS HIERARQUIAS

Conheça sua função dentro da hierarquia no momento de cantar. Existe um líder, e o backing vocal não é este líder. Backing é o suporte para o cantor solista. Por isso reveja se você tem maturidade para estar “atrás”.
Além disso dentro do próprio arranjo vocal existem as vozes mais importantes, que definem o acorde, sustentando a tonalidade. Uma deve soar mais alto do que a outra.

9. EXECUÇÃO DE DINAMICAS

Também se utiliza a dinâmica vocal para conseguir o efeito desejado de som vocal, tais como: agressivo, alegre, melancólico, suave, jovem, forte, vigoroso, sensível, etc.




Saber como cantar e quando cantar é essencial para um vocalista. Aquele backing que fica cantando o tempo todo, enchendo todo o espaço de frases bem elaboradas e dobrando todas as notas da harmonia acaba se tornando chato. Isto porque ele colabora para poluir a musica, deixando-a “SUJA” As vezes é necessário suavizar. “baixar a bola” mesmo.




Nem sempre todos os vocais cantam ao mesmo tempo, fica muito bom se de repente soa apenas uma voz com a melodia, cantando mais forte, com as outras dando apenas um suporte. Use a criatividade e bom senso.



Solistas que fazem pequenas variações da melodia (desenhos) normalmente enriquecem a dinâmica, mas tem sua hora e lugar. Cuidado com exageros. Se você quer desenvolver melhor este lado da improvisação. Comece cantando escalas maiores e menores, arpejos e inversões. Desta forma seus desenhos ficarão mais interessantes.

ARRANJOS VOCAIS:

Primeiro passo é necessário definir quem são os cantores. Quais são suas habilidades, características e experiências. Todo o arranjo e a sonoridade desejada vai depender disso. De nada vai adiantar fazer um arranjo belíssimo, porrém impossível de ser executado pelos cantores.


Um grupo só pode começar a cantar arranjos quando é capaz de fazer um bom uníssono. Comece com arranjos a duas vozes. Firme bem as vozes separadamente e sempre ofereça um registro visual. Se o grupo não lê partitura, invista 30 minutos para este aprendizado. A longo prazo isto facilitará o trabalho.


Verifique a harmonia da musica. Todo arranjo vocal deve estar baseado na harmonia. E impossível abrir vozes sem pensar em acordes. Dê preferência ao refrão e as repetições, por uma questão de dinâmica.



Os timbres dos instrumentos utilizados têm que “vestir” bem o timbre da voz dos cantores. A tonalidade escolhida deve ser a mais confortável e interessante, para que todas as notas emitidas sejam sem esforço. Jamais tocar a musica num tom, só porque é o tom original, aquele em que foi composta ou gravada.



Escolha o tom da seguinte forma: anote a nota mais grave e a mais aguda que o cantor emite sem esforço. Anote também a nota mais grave e a mais aguda da melodia da canção. Transponha o tom da melodia até que ela se encaixe na região confortável da voz. Igualmente transponha o tom da harmonia e seus acordes.



SEMPRE É MELHOR OUVIR UM ARRANJO DIFERENTE DA IDEIA ORIGINAL, DO QUE OUVIR UM CANTOR FORÇANDO SUA VOZ NOPS AGUDOS OU PERDENDO CORPO NOS GRAVES.

SCATS – è a utilização de sons vocais como onomatopéias, com objetivo de imitar instrumentos musicais. Esta técnica é comum em canções a capella, mas também pode ser utilizado em arranjos de Lead vocal. Experimente cantar uma melodia só cons sons tipo Dah, dah, com a harmonia aberta.

ateliedamusica@yahoo.com.br

Experimente todas as possíveis formações:

3 vozes femininas – Melodia, Contralto e Tenor (acima da melodia)
2 vozes femininas e 1 masculina – Melodia, contralto e tenor (homem)
2 vozes masculinas 2 uma voz feminina – Melodia (homem), contralto e tenor (homem)
3 vozes masculinas – melodia, tenor e contralto (homem)

DICAS GERAIS

1- O "backing vocal" apesar de ser um grupo de pessoas, é um instrumento só, e como tal, é necessário estar no contexto do arranjo geral. Não pode ser um instrumento solto.




2- Procure atingir nos ensaios, o equilíbrio de voz entre todos. É necessário timbrar as vozes e estar atento à afinação. Eles devem acontecer pelo menos uma vez por semana, com duas horas de duração do mínimo. Mantenha pontualidade e objetividade no ensaio.
3- Procure cantar dentro da sua tessitura (extensão vocal). Faça divisão de vozes, pois isso enriquecerá a música.
4- Fique atento ao cantor para não cantar outra parte da música atrapalhando assim, o fluir da musica.
5- Desenvolva expressão vocal (dinâmica) e corporal quando estiver cantando.
6- Cuidado com os improvisos, pois em excesso podem se tornar cansativo e ao mesmo tempo atrapalhar o dirigente.
7- No dia faça um ensaio rápido com o som. Equilibre o volume dos microfones de acordo com a harmonia a ser executada.


Vocal gutural
Death grunt


O vocal gutural (do latim guttur, que significa garganta, goela), em música, é uma técnica vocal com o ar vindo direto do estômago que produz um som rouco, grave ou profundo, podendo se referir tanto ao vocal grave. Os precursores desse modo de canto foram monges em santuários no Tibet que o cantam a anos. Estes monges, desenvolveram técnicas inigualáveis que se apresentam até hoje em seus corais budistas.




O estilo é muito usado em bandas de metal de estilo death metal, thrash metal e new metal ao qual se chama informalmente de vocal rasgado, característico de bandas de black metal. Na maioria dos casos a característica principal do gutural nessas bandas é expressar mais que qualquer outro vocal os sentimentos de ódio, raiva, ira, dor, repulsa e sarcasmo.



O variante desse estilo de canto é o death grunt (às vezes referido como death growl, death vocal, em português podendo ser chamado simplesmente de gritos death). É um estilo de canto mais usualmente empregado pelos vocalistas do gênero musical death metal, mas também utilizado em diferentes variações por vocalistas dos gêneros que derivam do heavy metal.



Belting

O que é Belting?




Tipicamente feminino, esta técnica permite uma voz forte, poderosa, clara e muito alta em tons e assim é muito usada nos teatros e broadway, usam belting Celine Dion, Barbra Streisand, Tina Arena, Vanessa Amorosi, Bette Midler, Bernadette Peters, and Judy Garland.


Belting é uma técnica muito perigosa se for copiada por amadores, pois causa problemas seríssimos na voz, como cansei d dizer, por que? porque vai usar a garganta. Muitos professores não se sentem a vontade para explicar o belting, pois eles mesmos sabem o risco enorme da técnica quando mal colocada. Então o mais próximo é recorrer ao canto lírico, pois fica bem mais seguro.



Belting quer dizer grito, berro, imagina você tendo que alertar alguém em perigo, voces enchem o pulmão de ar, e solta um tremendo grito, certo? Ou quando discute com alguém me, etc... Você usa muita energia, e a garganta se abre. Se você sustentar essa energia estridente, estará fazendo beltiing.


É imprescindível uma posição de laringe ligeiramente ELEVADA (ao contrário do canto lírico, onde a laringe é geralmente mais baixa).




Grande espaço faríngeo (assim como no canto lírico).




Língua também ligeiramente ELEVADA (ocasionando os “ii” característicos dos “belters”).




Excelente apoio respiratório e ancoragem (termo desenvolvido por Jo Estill que significa uma grande atividade específica de músculos extrínsecos da laringe, do pescoço e torso, atenuando o esforço das pregas vocais).




Outros aspectos importantes seriam a constrição ariepiglótica (isto é, a aproximação entre epiglote e aritenóides) e a fase de fechamento da glote mais LONGA que no canto lírico, gerando em conseqüência grande intensidade vocal.




Haveria também maior pressão aérea subglótica e alguns defendem que a respiração muito baixa é contra-indicada por induzir à depressão da cartilagem laríngea (que se quer evitar). Tudo isso gera, obviamente, modificações importantes no trato vocal, ou seja, na ressonância/qualidade da voz


(OBS: várias dessas afirmações ainda estão “sub judice”).

Fonte: Felipe Abreu - Associação Brasileira de Canto
Preparação vocal - yahoo grupos


3 comentários:

Angella Wains disse...

Héber, sinto-me muito grata por ter encontrado este seu blog, que está muito didático e completo, a meu ver. Estou começando a trabalhar meu repertório, com a intenção de gravar e já tenho praticado alguns backings para mim mesma. A princípio, conto comigo mesma e a cantora que é minha preparadora. Parabéns pela página,favoritei e vou acrescentá-la aos meus estudos. Abração!

Gaabi disse...

Nossa, show de bola teu blog!
Parabéns, me ajudou bastante...

centrosocialsarahanani disse...

Caro amigo Héber.É com muito carinho e respeito que venho lhe parabenizar pelo blogger, criado para nos favorecer,em conhecimento e em experiência tão profunda quando se refere BACKING VOCAL.
Eu fui formado pela Escola de Vos e Música VILLAS LOBO no RJ e minha vontade e sonho, é participar de um Coral ou um BACKING VOCAL para me aperfeiçoar mais .
O meu E.mail edivaldosouzapr@hotmail.com
Cel.8288-0597 .Aguardo contato. um forte abraço. Observação estou desponivel também para quem possa interessar.